O Museu Casa do Artista Popular convida para a exposição
Quem não pode com o pote não segura a rodilha 
 
Será uma oportunidade para o público comprar e apreciar a beleza e riqueza das peças de cerâmica utilitária produzidas pelos artesãos dos municípios paraibanos: Cajazeiras, Dona Inês, Itabaiana, João Pessoa, Matureia, Santa Luzia e Serra Branca.
 
Abertura: 25 de Agosto 18:30h
Apresentação Cultural: Chico Ribeiro 
Horário de visitação:
terça a sexta-feira, das 9h às 17h
sábados, domingos e feriados das 10h às 18h
 
Encerramento 25 de Setembro
 
 
Contamos com a sua presença!
 
 
Thiago Costa Duch
Diretor do Museu Casa do Artista Popular
 
Casa do Artista Popular                                                                                  
Praça da Independência, 56                                                       
Centro – João Pessoa – PB                                 
Tel: (83)32212267

 
 

 
A CERÂMICA UTILITÁRIA
 
               
               A cerâmica, de modo geral, é importante na vida dos povos em várias comunidades no mundo inteiro, pelo seu uso como objeto utilitário religioso ou decorativo. Sua origem data da época primitiva, onde o homem logo após a descoberta do fogo começou a modelar com suas mãos objetos utilitários e religiosos, complementando assim, o seu modo de viver em grupo. Placas com inscrições, objetos de uso doméstico, religioso e fantástico servem hoje de base para a interpretação da historia universal. Peças com mais de seis mil anos, registram aspectos cotidianos com relação à arte militar, profissional, religiosa e de utilidade, somam um conjunto de obras deixadas por nossos antepassados, que facilita entender cientificamente a evolução do homem.
                A cerâmica utilitária sempre teve a sua funcionalidade desde os tempos pré-históricos, atravessando mares e oceanos com a mesma técnica do feitio da utilização do barro. O barro é extraído, misturado, às vezes, com areia e água amassado com as mãos ou instrumentos, até a formação do objeto desejado, sendo cozido, variando de lugar pra lugar.
                A imaginação e a criatividade do artesão enriquecem a pratica artesanal e o modo de confeccionar o objeto depende de cada região brasileira. No Nordeste, a cerâmica é trabalhada e tem características distintas, como observamos em objetos da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba. Muitos objetos que são comuns  como jarros, quartinhas, potes, pratos, cumbucas e panelas, tem características próprias nordestinas, porem, com detalhes e adornos próprios da cultura popular, regional ou local.
As formas plásticas de forma empírica, e até mesmo da influência do academicismo, expressa emoção e criatividade, embora as formas mais primitivas traduzam identidades culturais e regionais de funcionalidade e aceitação coletiva dos povos isolados do consumismo e da mídia.
                O artesão que trabalha com o barro, utiliza de varias maneiras para confeccionar seu objeto, tanto com as mãos como de instrumentos rústicos como a roda oleiro, torno elétrico, forno a lenha ou com energia elétrica. Traduzindo uma identidade cultural, o homem perpetua sua sabedoria, fruto de uma herança passada de geração a geração, contribuindo para as ciências humanas, antropológicas, sociais e arqueológicas, firmando um compromisso para um desenvolvimento histórico-cultural da humanidade.

 
Jose Nilton da Silva
Presidente Curador da Curadoria do Artesanato Paraibano
Professor Mestre da Universidade Federal da Paraíba

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